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24 março 2012

''Não podemos errar'', alerta Paulo Garcia

Venceslau Pimentel


Virtual candidato à reeleição, o prefeito Paulo Garcia (PT) recomendou a seus novos auxiliares, empossados ontem de manhã, que tomassem cuidado para não ferir a legislação neste ano eleitoral. O petista quer evitar, com isso, que algum deslize de sua equipe venha a prejudicá-lo em seu projeto de prolongar o mandato por mais quatro anos.

“Os que assumem precisam ter um cuidado tremendo, pois não podemos errar. Temos que andar estritamente dentro do que a legislação preconiza”, disse o prefeito, dirigindo-se a todos da equipe de auxiliares, em cerimônia ocorrida no Paço. Ao explicar que a escolha dos 13 novos auxiliares passou pelo crivo dos partidos que dão sustentação à sua administração, Paulo Garcia enfatizou que todos devem trabalhar, e muito, mas sem cometer qualquer equívoco. “Por isso é que vocês foram escolhidos. Vocês foram escolhidos porque eu tenho certeza de que vocês agirão dessa forma”, insistiu o prefeito, passando a impressão de que acumulava decepções com alguns dos que deixavam os cargos.

Na cerimônia foram notadas as ausências do ex-presidente da Agência Municipal de Obras (Amob), Iram Saraiva Júnior (PMDB), e do ex-secretário de Esporte e Lazer, Luiz Carlos Orro (PCdoB), cujas pastas estiveram, nos últimos meses, no centro da crise que ronda o Paço. Trata-se de denúncias de irregularidades tanto nas obras de revitalização do Mutirama, como no processo de compra e reforma de brinquedos do parque.
Por conta dos escândalos, Iram Júnior, que estava sendo cogitado para ser candidato a vice de Paulo Garcia, perdeu o cargo e não deve disputar vaga na Câmara nas eleições de outubro. Ele foi sucedido por Ubirajara Abud.

Contra Luiz Carlos Orro pesa acusação de irregularidade no processo licitatório de compra de brinquedos, que ele coordenou, cujo recurso é estimado em cerca de R$ 30 milhões. Ele foi substituído por Wesley Batista, indicado pelo PSC.

Em entrevista à imprensa, quando indagado se teria observado a ficha dos novos secretários, Paulo tergiversou. “Para ser sincero, eu não pedi a folha corrida de ninguém.”
Apesar de ter interferido nas indicações, Iris Rezende (PMDB) não participou da solenidade de posse. “Dialoguei com todas as forças políticas, nosso governo é um governo de alianças. Portanto, todos os partidos que fazem parte do nosso leque de aliança foram ouvidos para se manifestar. O ex-prefeito Iris, como uma pessoa de expressão do seu partido, naturalmente fez parte desse diálogo”, disse Paulo.

“A relação com os agentes políticos deve ser feita de forma transparente e séria, independente se os agentes são de situação ou de oposição”, disse, referindo-se à presença dos governadores de Goiás e do Tocantins na visita da presidente Dilma a Goiás. Paulo disse que comunicou ao cerimonial da Presidência os motivos de sua ausência e foi compreendido.

21 março 2012

Randolfe protocola representação contra o senador Demóstenes

Ter, 20 de Março de 2012 18:35

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) protocolou nesta terça-feira 20 representação, assinada também pelo senador Pedro Taques (PDT/MT) , onde pede que sejam investigadas as denúncias divulgadas na imprensa contra o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Entre as denúncias divulgadas na Revista Época, conseguidas por meio de monitoramento autorizado pela justiça, consta que entre fevereiro e agosto de 2011, o Senador Demóstenes teria trocado quase 300 ligações telefônicas com Carlinhos Cachoeira. Cachoeira foi preso em março deste ano, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis. A prisão foi resultado da Operação “Monte Carlo” desencadeado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal.

Outro fato noticiado na imprensa aponta que Cachoeira teria habilitado nos Estados Unidos, 15 rádios “Nextel”, que distribuiu entre pessoas de sua confiança. A habilitação em país estrangeiro teria a finalidade de impedir que os mesmos fossem alvo de monitoramento pela polícia. As notícias revelam que entre as pessoas que receberam tais aparelhos, estaria Demóstenes Torres.

Randolfe ressalta que as acusações são graves e é necessário que o Senado faça essa apuração. Na representação, o senador amapaense solicita também que o Congresso Nacional requeira ao Procurador Geral da República, todas as informações e documentos que apontam o envolvimento de parlamentares nas ações investigadas pela Operação “Monte Carlo”, visando adotar as providências cabíveis neste caso.

Fonte: Liderança PSOL