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25 novembro 2011

Notícias de Folha de Goiás Notícias - Sexta Feira dia 25.11.2011

Governador determina a suspensão dos salários de policiais civis em greve


Brasília-DFAlém do corte, governador estuda pedido de apoio ao Executivo federal para garantir a segurança na capital. Sindicato da categoria se reunirá hoje a fim de definir os rumos do movimento, considerado ilegal pelo STF

Antonio Temóteo
Almiro Marcos - x
Publicação: 25/11/2011 08:46 Atualização:
O policial flagrado na último terça-feira chutando um carro durante manifestação foi afastado das funções: investigação da corregedoria (Breno Fortes/CB/D.A Press - 22/11/11)
O policial flagrado na último terça-feira chutando um carro durante manifestação foi afastado das funções: investigação da corregedoria

O Governo do Distrito Federal decidiu endurecer o tom com o movimento grevista da Polícia Civil. O Executivo local suspendeu as negociações com a categoria e a diretoria-geral da PCDF afastou do trabalho o agente que chutou a porta de um carro na última terça-feira, durante passeata na Esplanada dos Ministérios. Conforme o Correio antecipou na quarta-feira, o governador Agnelo Queiroz (PT) determinou ontem o corte imediato do ponto dos policiais que não voltarem ao trabalho e ainda estuda pedir apoio do governo federal, por meio das Forças Armadas, para garantir a segurança da população.

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou ontem no Diário da Justiça a decisão do presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, que suspende o movimento e determina a volta imediata ao trabalho. Além disso, à tarde, a juíza substituta da 8ª Vara Cível Magáli Dellape Gomes determinou que o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol–DF) seja notificado oficialmente, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.Durante a posse de servidores da saúde, que ocorreu ontem no Teatro Nacional, Agnelo reafirmou que a Polícia Civil não terá aumento salarial, contestou a representatividade do sindicato e revogou todas as propostas feitas anteriormente. O governador também avisou que “o GDF vai fazer rigoramente o corte do ponto”.Segundo o chefe do Executivo, o governo negociou até o que era impossível com o sindicato. “Na última assembleia, havia 200 pessoas para decidir os rumos de uma categoria que tem mais de 6 mil integrantes. Eles estão radicalizando”, disse Agnelo.O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, assegurou que o Distrito Federal não ficará sem segurança e, se for necessário, será solicitado apoio das Forças Armadas. O diretor-geral da Polícia Civil, Onofre José de Moraes, garantiu que todas as medidas legais serão tomadas para que os policiais voltem ao trabalho. “Não vamos descumprir uma decisão do maior tribunal do país. Como eu vou pagar quem não vai trabalhar? Se a greve é ilegal, o policial tem que voltar”, completouAdequaçãoO vice-presidente do Sinpol, Luciano Marinho, disse que os representantes da categoria foram convocados para uma reunião hoje na sede da entidade. O objetivo de definir os rumos da paralisação. Após o encontro, uma assembleia deverá ser marcada para os próximos dias. Segundo Marinho, o movimento será adaptado à realidade imposta pela decisão do STF, mas ele acredita, no entanto, que há perseguição do governo ao movimento.“A última coisa que queremos é enfrentar uma decisão do Supremo. Se o governo tivesse mais responsabilidade com a segurança pública, teria acenado com atitudes mais razoáveis. Entendemos que esse posicionamento é enérgico. Não houve tempo de nos reunirmos porque não fomos notificados. O governo poderia ter cumprido o que nos ofertou antes da greve.”Inversão de valoresO respeito irrestrito aos direitos fundamentais, a integração com a sociedade e o absoluto compromisso com o inalienável dever de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Segundo o site da Polícia Civil do Distrito Federal, essas são algumas funções exercidas pelos agentes da corporação. Ao descumprir decisão que considerou ilegal a greve que completa hoje 36 dias, a categoria despreza e desafia determinação da mais alta Corte de Justiça do país.Com salário inicial de aproximadamente R$ 7 mil, os agentes do DF são os mais bem remunerados do Brasil. A paralisação, quase que total, dos serviços pune duas vezes o cidadão brasiliense, que, depois de ser vítima de algum crime, nem sequer consegue registrar a ocorrência na delegacia.Na última terça-feira, um motorista teve o carro acertado por um chute de um policial civil que participava de manifestação na Esplanada dos Ministérios. Como se não bastasse deixar a população desassistida, alguns policiais — não todos, ressalte-se — ultrapassam qualquer limite de um protesto civilizado.Conduta investigadaA Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) afastou ontem o agente que, na última terça-feira, chutou um Ford Ka preto durante passeata dos grevistas na Esplanada dos Ministérios. A imagem foi publicada com exclusividade pelo Correio na edição de quarta-feira. Uma sindicância foi aberta pela Corregedoria-Geral da PCDF para apurar o fato. Até o fim do processo, no entanto, o policial, que está de férias, deixará as atividades que desempenha em uma delegacia circunscricional e ficará lotado no Departamento de Administração Geral.O diretor-geral da Polícia Civil, Onofre José de Moraes, disse à reportagem que a nova administração não tolerará qualquer comportamento que vá de encontro com a imagem e a ética da corporação. Depois de bloquear as faixas que circundam o Congresso Nacional durante a passeata, os grevistas fizeram um apitaço em frente ao Supremo Tribunal Federal. Foi quando o condutor de um Ford Ka tentou ultrapassar os manifestantes e teve o veículo danificado por um deles. O motorista ainda foi agredido verbalmente. “Se for macho, para o carro”, teria dito o agente. Segundo Moraes, essas atitudes serão coibidas energicamente.Segundo o corregedor-geral da PCDF, Adval Cardoso de Matos, possivelmente uma suspensão será aplicada ao policial e ele ficará sem remuneração durante esse período. “Mas o prejuízo maior não é o financeiro. Se o agente não tiver um curso de progressão de carreira e quiser fazer, ele perderá esse direito. Por ser policial civil, ele está sujeito a uma punição maior”, detalhouPara o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Ciro de Freitas, o agente não chutou o Ford Ka preto na Esplanada dos Ministérios. “Quem estiver acusando vai ter que provar”, disse. Segundo Freitas, foi um fato isolado e o sindicato se empenhará na defesa do colega.

Fonte: Correio Braziliense-DF
Folha: 12:22

Goiás obtém parecer para perdão fiscal


Goiás


Charles Daniel

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, emitiu parecer favorável à remissão (perdão) das multas que o Estado teria de pagar em virtude do não cumprimento do Ajuste Fiscal do ano passado, conforme despacho publicado ontem no Diário Oficial da União. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) manifestou-se favorável à concessão do perdão, solicitado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) em setembro. Com isso, o Estado volta à adimplência.
O ministro disse no despacho que considera o Estado de Goiás adimplente relativamente ao cumprimento das metas e compromissos do programa e concedeu remissão de penalidade por meta não cumprida.
O secretário da Fazenda, Simão Cirineu, explicou ontem durante a solenidade de lançamento do Sistema Goiano de Inovação (Siga), no Palácio das Esmeraldas, que isso permite ao Estado deixar de pagar amortizações extraordinárias que somariam cerca de R$ 42 milhões.
Ele informou ainda que abre a possibilidade de se contratar operações de créditos que estavam no programa anterior, como com instituições nacionais e internacionais.  Com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, o Estado pleiteia R$ 12 milhões para o Programa de Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Financeira e Patrimonial das Administrações Estaduais (PMAE). Já com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o governo tenta obter R$ 20,9 milhões para o Profisco, que visa modernizar a máquina fazendária.
Já a regularização de outras metas fiscais, Simão disse que vai depender do Estado concluir o programa de ajuste fiscal deste ano, prestes a ser atingido, o que será determinante para ter acesso a outras linhas de crédito e a outras contratações de operações. 
Segundo o titular da Sefaz, o efeito da medida sobre o caixa do Estado é a economia de R$ 42 milhões que deixarão de ser pagos ao Tesouro Nacional. “É benéfica principalmente porque podemos começar a contratar nossas operações de crédito dentro do que o ministério permitir”. 
Simão disse que ainda há dificuldades financeiras nas contas do Estado e que está no meio do caminho para zerar o déficit do orçamento deste ano, meta do governador. O secretário informou que as ações como a venda da folha de pagamento ajudarão a chegar perto do alcance da meta.
A Celg tem um peso relativo nas finanças do Estado, conforme explicou Simão, porque, devido à crise financeira da estatal, ela tem pago apenas 65% do que deveria pagar de ICMS ao Estado.
A negociação continua em Brasília e o secretário diz que, dependendo do cumprimento das metas do programa de 2011, Goiás poderá retomar os contratos negociados no valor de R$ 280 milhões. Um deles, de R$ 112 milhões, vai permitir a segunda etapa do programa de recuperação e ampliação da malha rodoviária estadual.
FONTE: O HOJE DE GOIÂNIA-GO

Ministro das Cidades admite alteração em nota para obra da Copa


Brasil
estadao.com.br, Atualizado: 25/11/2011 11:23

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, admitiu ter havido mudança no projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implementar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, cuja execução foi reprovada pela COntroladoria-Geral da União (CGU), conforme revelou reportagem do Estado desta sexta-feira, 25. Em entrevista à Rádio Estadão ESPN, nesta manhã, Negromonte negou que a alteração do projeto foi feita de forma fraudulenta.
Na entrevista, Negromonte negou fraude no caso, chamou o repórter do Estado de mentiroso e desligou o telefone durante a conversa.
'O que houve foi divergência de opiniões dos técnicos. Não tem fraude', afirmou o ministro. Segundo ele, o chefe de gabinete do mistério, Cássio Peixoto, pediu que o projeto fosse reavaliado. 'Ele não pediu ao meu mandado, não. Ele disse que solicitou a reanálise', disse. Cássio Peixoto integra o Grupo Especial de Acompanhamento da Copa 2014 (Gecopa) e, de acordo com o ministro, a troca do modal, linha rápida de ônibus para VLT, foi uma decisão do grupo, feita a pedido do governo de Mato Grosso. 'Se houve comportamento errado, a sindicância vai apurar. Não vou botar mão na cabeça de ninguém. Se houve erro, vai ser analisado', afirmou.
Negromonte disse ainda desconhecer o relatório da CGU, que alertou que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014. De acordo com o documento, o governo de Mato Grosso omitiu informaçõe sobre o gasto com a obra, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, da linha rápida de ônibus. 'Apenas foi uma proposta do governo do Estado [do Matro Grosso], que tem autonomia federativa, para sugerir uma alteração do modal', argumentou o ministro.
Nessa quinta-feira, 24, o estadão.com.br mostrou gravações em que funcionários do ministério falam sobre os estudos técnicos feitos sobre a obra e a opção que favorece o governador do Mato Grosso, Sinval Barbosa (PDMB). O segundo estudo, que deu parecer favorável à obra, ficou com identificação igual a do primeiro, contrário ao projeto. Para Negromonte, entrentanto, não há indício de irregularidades. 'Havia a opinião de um técnico dando um parecer e a opinião de outro técnico, da diretora Luiza Gomide Vianna, que é mais bem preparada, que reavaliou o parecer', disse. 'Não houve fraude. Estão querendo colocar chifre em cabeça de jumento.' O analista técnico Higor Guerra, que anteriormente deu parecer contrário à obra, negou-se a assinar o novo documento e há duas semanas pediu desligamento da pasta.
Irritado, Mário Negromonte afirmou que o relatório da CGU, que aponta falhas no novo projeto, será analisado. 'Você está agoniado [disse ao repórter Leandro Colon]. Temos responsabilidade e vamos primeiro apurar [o que houve].'
O ministro repetiu várias vezes durante a entrevista que mandou abrir sindicância para avaliar o caso e que se nega a demitir funcionários na pasta para não 'prejulgar' os envolvidos.
Investigações. Após as denúncias de irregularidades, o Ministério Público em Mato Grosso e no Distrito Federal decidiu investigar se houve improbidade administrativa dos gestores do Ministério das Cidades. Se ficar constatada a adulteração do documento, a obra em Cuiabá pode ser embargada.
Folha: 12:01

23 novembro 2011

Notícias de Folha de Goiás Notícias - Quarta Feira dia 23.11.2011

Governo quer parceria entre Goiás e DF para enfrentar violência no entorno


ENTORNO DE BRASÍLIA-DFRepresentantes dos governos debatem com o Ministério da Justiça a criação de um fundo de financiamento da segurança pública

Mara Puljiz
Publicação: 23/11/2011 06:10 Atualização: 23/11/2011 08:08
Durante a reunião, observado pelo ministro José Eduardo Cardoso, Agnelo Queiroz inutilizou uma arma (Gustavo Moreno/CB/D.APress)
Durante a reunião, observado pelo ministro José Eduardo Cardoso, Agnelo Queiroz inutilizou uma arma


A criação de um fundo para financiamento da segurança pública do Entorno é vista como uma das soluções capazes de amenizar a violência dos 16 municípios da região. Os recursos deverão somar cerca de R$ 700 milhões, oriundos da União e dos governos de Goiás e do Distrito Federal. Essa medida, bem como investimentos na estrutura física — com a construção de mais delegacias e de postos de policiamento — e a valorização dos profissionais, deve ser listada em uma carta de intenções a ser divulgada ainda este ano. A insegurança foi tema de debate ontem durante o 1º Colóquio sobre Segurança Pública no DF e Entorno, realizado no Centro de Convenções de Luziânia (GO), distante 48 quilômetros de Brasília.

O evento começou por volta das 12h e contou com a presença de pelo menos 30 autoridades, entre elas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki; e o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, que justificou a ausência do governador Marconi Perillo. “Por motivo de agenda no DF, ele não pôde estar aqui. Perillo foi tratar de assuntos da mais alta importância”, disse Neto. Especialistas, diretores da Polícia Civil, comandantes da Polícia Militar das duas unidades da Federação e deputados federais também participaram da discussão.

Do lado de fora do Centro de Convenções, a população segurava faixas e cartazes cobrando uma resposta das autoridades ao enfrentamento da violência no Entorno. Entre elas, estava a funcionária pública Geralda Meireles, 41 anos. Por volta das 18h30 do último domingo, o cunhado dela foi assassinado com quatro tiros após furar uma barreira feita por um grupo de vândalos em uma rua de Luziânia. “Ele saiu para comprar remédio e, quando tentou passar, foi atingido por chutes e garrafadas, e assassinado”, contou. Até ontem, o crime permanecia impune. Na rua onde ocorreu o homicídio, os vizinhos preferiram não se manifestar sobre a barbárie. “Onde estava a polícia ,que não impediu esses marginais de fecharem a rua e de matar uma pessoa?”, disse indignada.

Com deficit de quase 3 mil vagas e salário de R$ 2.711, a Polícia Civil do Entorno segue em greve há 31 dias. A corporação pede aumento da gratificação de localidade, oferecida a policiais em situação de risco permanente, hoje, no valor é de R$ 276. A categoria reivindica uma ajuda de custo de R$ 800 para todos os agentes. “A região é muito violenta e isso é provado estatisticamente. O governo de Goiás está omisso ao caos e não tem valorizado a polícia”, criticou o diretor do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves.

Resposta
Para o ministro da Justiça, o primeiro passo para reduzir os índices de violência é a união dos Executivos do DF e de Goiás com o governo federal, respeitando as diferenças partidárias. “Nós temos que dar uma resposta à população e ter uma boa gestão do dinheiro que for empregado aqui”, disse Cardozo. Segundo Agnelo Queiroz, é possível que os policiais do DF passem a ter reuniões periódicas com os colegas de Goiás para discutir estratégias de combate à violência. “O objetivo desse colóquio é fazer ações concretas e organizadas. É importante que o policial do Distrito Federal possa entrar em Goiás para fazer operações, por exemplo”, disse Agnelo.

Durante o evento, com ajuda de uma marreta, ele o ministro e os secretários de segurança de Goiás e Nacional também inutilizaram uma arma como símbolo da Campanha Nacional do Desarmamento de 2011.

Enquanto na cidade do Rio de Janeiro a taxa de homicídios por 100 mil habitantes é de 30 assassinatos, em Luziânia é de 73,91 e em Valparaíso de 73,69. O número de mortes cresceu 57% de 2007 até o ano passado, saltando de 312 assassinatos para 531. A média em 2010 foi de 44 assassinatos por mês e, este ano, a quantidade subiu para 53, ou seja, crescimento de 20%. Para o chefe do gabinete de Gestão de Segurança Pública do Entorno, Edson Araújo, a situação é fruto da falta de interesse de governos anteriores. “São 50 anos de uma dislexia sobre de quem é a responsabilidade do Entorno. Não é possível o DF querer ser uma ilha de segurança, uma vez que a miséria não respeita muros”, disse.

Radiografia
Evolução do número de homicídios no Entorno

2007 - 312
2008 - 368
2009 - 471
2010 - 531
2011* - 426 (média mensal 20% superior à registrada no ano anterior)

*janeiro a agosto

Efetivo insuficiente

Polícia Militar - Polícia Civil - Corpo de Bombeiros
Equipe atual - 1.746 - 434 - 171
Ideal - 4.010 - 1.234 - 1.674
Gasto atual com salários - R$ 5.934.477,46 - R$ 1.607.000,34 - R$ 587.606,27
Ideal - R$13.743.068,21 - R$ 4.120.563,18 - R$6.031.945,11

Personagem da notícia
Vítima da insegurança


Em 2005, Antônio Leopoldino Sobrinho, 43 anos, ficou de frente com a morte após sofrer uma tentativa de assalto na porta de uma agência bancária em Luziânia, onde mora. O motorista foi abordado por quatro bandidos, entre eles dois adolescentes, que exigiram que ele seguisse para o próprio carro sob a mira de um revólver. Com medo de ser espancado e assassinado em seguida, ele reagiu. “Quando o rapaz encostou o cano no meu peito eu virei de uma vez e segurei a arma. Ela ainda conseguiu disparar e acertou a minha barriga. Graças a Deus, tive força para dominar o assaltante que estava armado até a polícia chegar. O restante correu”, lembra. Depois disso, Antônio ainda passou cerca de duas semanas internado no hospital e um ano afastado do trabalho.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE-DF

Italianos podem fechar negócios com goianos


GOIÂNIA-GO


Mariza Santana

Com a Europa passando por uma crise financeira, os europeus estão em busca de oportunidades de negócios nos países emergentes, principalmente os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). Desde o último dia 17, uma delegação de empresários italianos visita Goiás, visando firmar parcerias e fechar negócios. O grupo é formado por representantes de empresas das áreas de informática, móveis, alimentação, bebidas, energia, reciclagem, metalmecânica e construção. 
Ontem, o grupo italiano participou de uma reunião de trabalho na sede da Federação das Indústrias (Fieg), onde conheceram em detalhes dados econômicos de Goiás e suas potencialidades. O gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg, Plínio Viana, apresentou-lhes as áreas mais promissoras do Estado: transporte, energia elétrica e de biomassa, mineração, agroindústria, exploração de lagos para criação de peixes, indústria química e farmacêutica, indústria de plástico e embalagem, indústria automotiva e software.
Segundo o trader de comércio exterior que lidera a delegação italiana, Rossano Bonanno, não é novidade que a Europa passa por uma crise financeira e por isso os empresários europeus buscam o Brasil, pelos seus atrativos econô­- mmicos. Mas também contribuem os laços culturais que unem os dois países. No Brasil, eles procuram as regiões que apresentam mai­or potencial de crescimento e por isso a opção pelo Centro-Oeste.
Construção
“Desta vez, estamos interessados nas áreas de alimentação, informática, produção de móveis de qualidade e construção civil”, afirmou Bonanno. Segundo ele, no setor da construção civil as empresas italianas detêm um know how específico, capaz de erguer casas em tempo recorde, o que pode ser útil para o programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Ele ressaltou que, na Itália, há grande predominância das pequenas e médias empresas e são esses empresários que pretendem fazer parcerias com os goianos. A delegação italiana permanece em Goiás até próximo dia 29. Hoje eles se reúnem com representantes de sindicatos industriais e entidades do setor produtivo goiano, além de empresários locais, também na sede da Fieg.
O gerente do CIN da Fieg, Plínio Viana, lembra que o comércio exterior é um trabalho de longo prazo. Os empresários italianos de­­­mons­traram interesse em fechar negócios na distribuição de alimentos (embutidos) e de vinhos. Empresas da construção civil querem transferir tecnologia capaz de levantar casas no prazo de duas a três semanas, além da área da produção de móveis. Ele citou que uma empresa goiana, a Paulete Armários, já está produzindo móveis com design italiano, fruto de uma joint venture com uma empresa da Itália.
Este ano, a Fieg já recebeu uma delegação chinesa da província de Hebei e, mais recentemente, um grupo de empresários sul-coreanos. “Hoje isso (receber delegações estrangeiras) está se tornando uma constante na Federação. Amanhã deveremos receber um grupo de empresários de Cingapura”, afirmou Plínio.

FONTE: O HOJE DE GOIÂNIA-GO
FOLHA: 9:44

Por Lupi no ministério, PDT unifica discurso


Brasil
Por EDUARDO BRESCIANI, EUGÊNIA LOPES / BRASÍLIA, estadao.com.br,Atualizado: 23/11/2011 3:05

A cúpula do PDT unificou o discurso em reunião na noite de ontem em Brasília para defender a permanência de Carlos Lupi a frente do Ministério do Trabalho. Em encontro da Executiva Nacional, das bancadas na Câmara e no Senado e dos presidentes dos diretórios regionais, apenas dois dissidentes continuaram a defender a saída do ministro e a ampla maioria da legenda passou o recado de que apoia a decisão da presidente Dilma Rousseff de segurar Lupi até a reforma ministerial.
O presidente em exercício do PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que o ministro conta com apoio maciço da legenda. 'De maneira uniforme ratificamos o apoio ao ministro Carlos Lupi', disse Figueiredo em entrevista ao lado dos líderes na Câmara, Giovanni Queiroz (PA), e no Senado, Acir Gurgacz (RO).
Segundo os participantes da reunião, apenas o deputado Reguffe (DF) e o senador Pedro Taques (MT) defenderam a saída de Lupi do cargo e a retirada do partido do governo Dilma Rousseff. Também contrário à permanência do ministro, o senador Cristovam Buarque (DF) não participou por estar no lançamento de um livro de sua autoria. Todos os outros participantes - 18 deputados, 3 senadores e presidentes de 26 diretórios regionais - deram respaldo à permanência do ministro, que é também presidente licenciado da legenda.
Apesar da declaração de apoio, o partido não divulgou nenhuma nota formalizando a posição. Figueiredo disse que poderá ser feita uma manifestação oficial de apoio à permanência de Lupi e ao governo Dilma. Na reunião cogitou-se uma moção em favor do ministro, mas sem unanimidade a ideia não prosperou.
Enquadramento. Durante a preparação para a reunião, alguns dos aliados do ministro chegaram a defender o enquadramento dos dissidentes. Presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), disse após encontro com Lupi pela manhã que Reguffe, Taques e Cristovam deveriam sair do partido. 'Se as pessoas incomodadas são tão éticas que não podem conviver com o Lupi deveriam pedir para sair'.
A declaração foi mal recebida. Cristovam chegou a sugerir que Paulinho pedisse sua expulsão. 'Defendo apenas que o Lupi e o PDT deixem o governo. Se o Paulinho é mais radical e quer minha saída basta apresentar um pedido de expulsão para que o partido decida.' O próprio Paulinho recuou da pressão sobre os dissidentes e apoiou a avaliação de que é melhor deixá-los isolados.
De novo. O ministro participou de toda a reunião. Repetiu sua versão final sobre o polêmico voo no Maranhão realizado em dezembro de 2009 em um King Air providenciado pelo diretor da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira.
Fundamentou sua defesa em manifestações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Na visão de Lupi, o Ministério Público já o teria inocentado no caso. O ministro saiu da reunião sem dar declarações à imprensa. O líder do PDT na Câmara afirmou que a reunião encerra a discussão do caso dentro do partido. 'Não tem nenhum deslize moral ou ético que justifique a saída do Lupi do ministério', disse Giovanni Queiroz.

Folha: 9:38